A enxameação é decorrente do instinto reprodutor e fator de sobrevivência da espécie, que, através deste movimento, garante a sua perpetuação.
Por isso, é um acontecimento normal nas abelhas para desmembramento da família, ou então um acontecimento fugidio, que é resultante daquelas que abandonaram a colméia em busca de melhores condições de sobrevivência.
O enxame normal, ou seja, o primeiro que sai da família é sempre o melhor, porque leva o maior número de abelhas, ou seja, cerca de 1/3 da colméia mãe e é constituído na maioria por abelhas campeiras e uma rainha ativa, as quais conseguem, em pouco tempo, formar uma nova família com condições de produzir mel na próxima florada.
O segundo e os demais enxames, embora também possam ser considerados normais, são menores e mais fracos, levando às vezes até rainhas virgens, fato que dificulta o permanecer na colméia. (Característica das abelhas africanizadas)
Os enxames anormais ou fugidos não representam um bom começo para o apicultor, porque, por motivo de sua fuga, não costumam parar nas colméias sem que seja aplicado algum artifício ou cuidado especial.
Os enxames podem ser comprados de algum apicultor, ou, preferencialmente encomendados antecipadamente devendo-se, na época de enxameação deixar as colméias vazias com cera alveolada para povoamento direto.
Dependendo da época e da região, às vezes podem ser encontrados alguns enxames pendurados em galhos de árvores, oportunidade excelente para captura-los.
Quando tal fato ocorrer, o apicultor deve aproximar-se por baixo do galho com a colméia aberta sem tampa e com os quadros já munidos com lâminas de cera alveolada, sacudindo a seguir o galho, com força, para as abelhas caírem dentro da colméia.
Uma vez que as abelhas estejam dentro colméia, coloca-se a mesma no chão, colocando a tampa com cuidado para não matar abelhas. A colméia fica no mesmo local até a noite para descansar e receber as abelhas ainda voando. À noite, é levada para o local definitivo no apiário.
Às vezes, pode-se cortar o galho com o enxame e tudo o mais, levando-o com cuidado até a colméia onda as abelhas devem ser sacudidas na frente do alvado. Essa técnica decorre que as abelhas gostam de fazer a ocupação do novo lar por conta própria, e onde todos os quadros estão com lâminas alveoladas, para facilitar a adaptação.
No entanto, quando o enxame está localizado em local de difícil acesso, é conveniente para o apicultor iniciante pedir a ajuda de um apicultor veterano e experiente neste tipo de captura.
PREPARATIVOS PARA A CAPTURA DE ENXAME:
Prepare a colméia com um ninho e todos os quadros providos de lâminas de cera e coloque o macacão, máscara e luvas.
Se desejar, borrife água sobre as abelhas do enxame para evitar que as mesmas levantem vôo.
O fumigador deverá estar próximo e bem aceso para o caso de necessidade. Não é recomendado aplicar fumaça sobre as abelhas do enxame para evitar que levantem vôo e se dispersem.
Após, na hipótese de inexistência de florada, alimentar as abelhas com alimento de subsistência, internamente para evitar pilhagem.
Alguns apicultores, quando existem colméias povoadas nas proximidades, transferem para nova colméia um ou dois quadros de cria com um pouco de mel para fixar a família.
A época de enxameação em condições normais ocorre sempre durante a florada ou depois, estimulada pelo instinto de reprodução.
NOÇÕES BÁSICAS SOBRE ENXAMEAÇÃO
A tendência de enxameação das abelhas normalmente é maior com o desenvolvimento populacional rápido da colméia no período de inverno aqui no nordeste.
O enxame de abelhas, quando sai, pousa quase sempre próxima a sua antiga colméia.
As abelhas batedoras saem a procura de uma nova habitação. Encontrada outra casa, é feita a comunicação e o enxame todo levanta vôo e vai ocupara triunfantemente a nova moradia, organizando uma família ou colônia forte e populosa para produzir muito mel, cera, própolis e fecundar milhares de flores para produzir mais e melhor.
Na enxameação, acompanham a rainha velha, aproximadamente um terço das abelhas da colméia, deixando a estirpe com a rainha jovem recém nascida ainda virgem aguardando tempo apropriado para realizar o vôo de fecundação (vôo nupcial).
É BOM SABER
Na introdução de uma nova rainha numa colméia, quantas horas ela deve ficar presa na gaiola antes de saltá-la e ser aceita com toda segurança?
Os pesquisadores respondem:
Quando se tratar de substituir a rainha numa colméia, esta deve ficar 8 horas presa na gaiola, antes de liberta-la.
Porque, em oito horas o cheiro do feromônio da rainha substituída, que está também impregnado em todos os quadros da colméia, se desfaz ou perde o seu efeito (cheiro).
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