quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Fartura de Mel

Criadores de abelha da região de Sorocaba, em São Paulo, estão satisfeitos com a produtividade das colmeias
Criadores de abelha da região de Sorocaba, em São Paulo, estão satisfeitos com a produtividade das colmeias. O tempo ajudou e o volume de mel está superando as expectativas. Tudo que é extraído das caixas tem venda garantida.
Poucas vezes as colmeias estiveram tão produtivas no apiário de Mário como agora. Ele já colheu duas toneladas, a mesma quantidade de toda a safra passada. Desta vez ele espera bem mais. “Ano passado teve muita chuva e atrapalhou o início da florada. Este ano teve seca e está chovendo o nível normal, então a produção antecipou. A previsão de colheita é de oito toneladas de mel mais ou menos”, comemora o criador Mário de Souza.
Além da florada que veio mais cedo, o resultado tem a ver com a seleção de rainhas e com a manutenção das caixas. Uma caixa produz 30 kilos de mel.
A colheita, que está só começando, vai até abril. Edson Sampaio, apicultor há três anos, também está satisfeito com a produção. Para vender não há qualquer problema. “Todo mel que a gente produz tem consumo, eu não fico com o produto parado”, explicou.
Cerca de 30% do que os apicultores das regiões de Sorocaba e Itapetininga produzem passam por uma cooperativa. Ano passado foram 87 toneladas e tudo foi vendido no estado de São Paulo.
São 228 cooperados em 47 municípios. Quando o mel chega é centrifugado. Depois de analisado, é beneficiado até ficar pronto para consumo. As caixas são entregues ao produtor. Mário vai receber 75 kilos e vai vender em mercados, quitandas e todo o comércio. Ele comenta que facilita bastante a passagem pela cooperativa porque o produto vem com um certificado de garantia e fica mais fácil vender.
Se no atacado o apicultor vende o mel por R$ 6 o kilo, no varejo consegue até R$ 16. O produto sai com certificado de inspeção estadual, mas a cooperativa busca também o certificado de inspeção federal, o que irá permitir a comercialização fora do estado. É um passo importante para alcançar outro objetivo: o mercado internacional.
O produto para exportação sai por cerca de R$ 5 o kilo. “A quantidade de produto é que faz diferença. O produtor pode produzir a quantidade que conseguir que a venda vai estar garantida. Embora o preço seja mais baixo, o que importa é a venda garantida”, avalia Antonio Nóbrega, presidente da cooperativa.
Os principais compradores do mel brasileiro são os Estados Unidos e a Alemanha. Ano passado, o faturamento com a exportação atingiu os 65 milhões de dólares.

Fonte: Globo Rural, publicada em: 27/12/2010

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